CRESCER, VOAR, ESCORRER: POESIAS ESCOLARES

Em uma manhã fresca e ensolarada de um dia qualquer, o professor ciências da natureza, apesar já cansado com as suas trinta-e-tantas aulas semanais, coloca-se atento ao mundo que cerca em seu espaço trabalho-vida constitui ecossistema-aula multiespécie: coexistem (jovens) humanos, aves, plantas, cachorros, insetos, cadernos, lápis, canetas, aviões papel, gritos, perguntas, cansaços, sonhos, desejos, pensamentos, ânsias, risos, e… Enquanto os estudantes sala cheia estudam conhecimentos científicos, a sua força incontrolável, também tramam formas escapar aos duros muros aula. Fazer aviõezinhos papel jogá-los planta reside no ‘lado fora’ daquele recinto mostra-se como linha fuga possível. Ao observar tal movimento, devir tantos seres lá se encontram, docente deixou-se a-trave(r)ssar inspirou-se ensaiar poéticas tecidas material segue, composto por três poemas (Crescer; Voa Voa; Escorre-água) imagem produzida partir sobreposição fotografias manipuladas digitalmente. Estas produções buscam materializar vivência chão escola, dores delícias cotidianas.